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Sem combate a privilégios, sem retomada do crescimento

É tudo mentira. Segundo estudo dos economistas Eduardo Moreira, Paulo Kliass e Eduardo Fagnani, intitulado “44 coisas que você precisa saber sobre a reforma da previdência”, os argumentos utilizados pelo governo federal e pelos comentaristas da grande imprensa de que a reforma é necessária para retomar o crescimento econômico, e que ainda vai combater privilégios, simplesmente não procedem.

O que ocorrerá, caso a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 6/2019) seja aprovada, de acordo com os autores, é exatamente o contrário: mais pobreza, mais desigualdade, redução da rede de seguridade social, menos crescimento econômico, explosão da violência e do êxodo rural. Os autores começam por questionar o próprio déficit, ou rombo, da previdência, alardeado pelos defensores da reforma, o qual, segundo eles, não é comprovado por dados confiáveis, transparentes.

“Se hipoteticamente, durante os 25 anos nos quais a Seguridade Social foi superavitária os resultados tivessem sido preservados num fundo, este teria mais de 1 trilhão de reais em 2015”, afirmam, lembrando que o mecanismo da DRU (Desvinculação de Receitas da União) vem permitindo o desvio de receitas da Seguridade Social (sistema do qual faz parte a previdência, ao lado da saúde e da assistência social) para outras finalidades da administração pública. “A pergunta óbvia que se coloca é: como haveria DRU se não houvesse superávit?”

De acordo com os economistas, os R$ 1 trilhão de economia que Paulo Guedes, ministro da economia, quer fazer com a reforma não virão do corte de privilégios, mas do achatamento dos benefícios recebidos pelos trabalhadores do regime geral (RGPS), que representam 84% dessa “economia”. Desses trabalhadores, mais de 70% recebem o piso 1 salário mínimo.

Outra falácia da argumentação pró-reforma é de que o sistema vai quebrar e nossos filhos e netos não receberão aposentadoria. Lembram os autores que o sistema atual, de repartição, impede que isso aconteça porque seu financiamento é baseado em 3 pilares: contribuição do empregado, do empregador e a parte do governo, proveniente da arrecadação de impostos como Cofins e CSLL.

Acesse o estudo AQUI

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