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Por que eu voto em Dilma?

À comunidade universitária e ao público em geral

Sou servidor público federal há mais de 30 anos e pude acompanhar consciente o desempenho dos mandatos dos governos Sarney, passando por Itamar Franco, Collor, Fernando Henrique, Lula e Dilma. Sou testemunha viva do que realizaram esses governantes. Queria lembrar a todos, que no governo de 1994 a 2002, o presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) priorizou as universidades privadas em detrimento das universidades públicas que se encontravam em situação caótica, sem recursos para manutenção básica, como, por exemplo, uma simples troca de lâmpadas, bem como a imposição de arrocho salarial aos servidores públicos.

Recursos de custeio eram inexistentes, obviamente os serviços terceirizados eram mínimos: segurança, limpeza e pessoal de apoio. Lembro também, a dificuldade que as universidades tinham em quitar suas contas de água e energia, a exemplo de uma universidade pública do estado do Rio de Janeiro que chegou a dever cerca de R$ 30 milhões em conta de energia.

Nossa universidade, a UFF, possui um Campus Avançado no Município de Oriximiná, no Estado do Pará, onde existe a Mineração Rio do Norte (MRD) pertencente à empresa de mineração Vale do Rio Doce. Lembro, ainda, que a expressão usada por todos, à época, é que tínhamos uma “Suíça” dentro da região Amazônica.

A Vale do Rio Doce criou uma estrutura de extração de minério de bauxita e teve que construir uma cidade com toda uma infraestrutura para seus funcionários e dependentes, disponibilizando moradias, escola, restaurante, hospital, serviço odontológico e lazer. Com toda certeza, essa Mineração Rio do Norte, por si só, valia mais que o preço total em que foi privatizada toda a empresa Vale do Rio Doce. Eu, como cidadão, considero essa venda da Vale do Rio Doce como crime de lesa-pátria, falo isso porque visitei em algumas oportunidades essa Mineradora por possuir a nossa Universidade um Campus Avançado em Oriximiná.

Agora falando do governo Lula e Dilma, posso afirmar que, na qualidade de reitor, e por ter participado do maior Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Públicas (REUNI), que esses dois governos Lula e Dilma estrategicamente investiram maciçamente em educação. Como exemplo, temos a UFF, que ampliou de 6.300 para 17.000 alunos/ano, incluindo cursos presenciais e a distância, sendo que 60% desses alunos não teriam condições de pagar uma instituição privada. Por si só esses fatos já justificariam o voto na presidenta Dilma.

Todos sabemos que investimento em educação só trará retorno em longo prazo. No futuro, os governos Lula e Dilma deixarão sua marca na história como aqueles que transformaram o País, porque a educação precede qualquer outra área.

Aqueles que não tiveram oportunidade de perpassar todos os governos anteriores e compará-los podem tomar como exemplo a transformação realizada, constatando o que ocorreu com as Universidades Federais e Escolas Técnicas, que dobraram em número, tamanho, qualidade e quantidade de cursos e alunos de graduação e pós-graduação. Só por esses poucos exemplos, eu voto em Dilma, e peço o apoio de todos para que não voltemos ao passado sombrio que atravessaram as instituições públicas nesse País.

Por fim, a pergunta que se faz é quem está por trás dessa campanha toda contra Dilma? Podemos afirmar que são os grandes empresários, banqueiros e aquela elite que aplica “suas economias” em paraísos fiscais.

Roberto Salles Reitor da Universidade Federal Fluminense

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