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No Brasil a taxa caiu, mas onde há ajuste fiscal ortodoxo ela subiu

Estruturalmente, o desemprego juvenil é significativamente maior que o desemprego geral, não só no Brasil, mas em todo o mundo.

Na América Latina, em 2011, a taxa de desemprego entre jovens de 15 a 24 anos era de 13,9% (contra 16,4% em 2005), mas na faixa etária de 25 anos ou mais era de 4,6% no mesmo ano (contra 5,7% em 2005). Os jovens representam 43% do total dos desempregados da região, mas a porcentagem de jovens que somente estudam aumentou de 32,9% em 2005 para 34,5% em 2011.

Dados do recente relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Banco Mundial e Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostram a redução do desemprego juvenil no Brasil e melhoria de outros índices, em relação ao G-20, apesar da crise.

Brasil e Indonésia apresentam dinâmicas de queda expressiva da taxa de desemprego juvenil, enquanto na União Europeia e em especial na Itália e Espanha de maneira expressiva, os índices têm piorado. Em relação aos países latino-americanos analisados, a situação do Brasil também é de melhorias, ao contrário da piora dos índices de México e Argentina.


grafico desemprego juvenil

Quanto ao desemprego de longa duração (mais de 12 meses) entre os jovens, o mesmo caiu entre 2007 e 2013 no Brasil, Turquia, Federação Russa e Alemanha, enquanto aumenta em quase todos os outros países e de maneira expressiva na Espanha.

Ainda que persistam problemas estruturais no mercado de trabalho se comparados aos países de capitalismo central, há de se observar que hoje a juventude no Brasil tem melhores perspectivas no mercado de trabalho que no passado e que a juventude dos países que estão realizando ajustes ortodoxos, tais como Itália e Espanha.

Jovens desses países inclusive têm migrado em busca de oportunidades, sendo o Brasil um destinos.

Marina

No entanto, a política de austeridade que Marina Silva (PSB) aponta para a economia é semelhante à adotada hoje nesses países. A meta de controle da inflação submeteria todas as outras, inclusive às relativas à geração de emprego e às políticas sociais (tais como programas de habitação, saúde, educação, mobilidade, entre outras atuais demandas da sociedade e dos jovens em especial).

Nesse cenário, as perspectivas para a juventude – de onde vem grande parte do eleitorado de Marina – e o mercado de trabalho, que já apresenta problemas estruturais, se agravam: tratar-se-ia de caminhar em direção ao modelo hoje adotado em países com um mercado de trabalho altamente desfavorável aos jovens.

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