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Nem patrões nem empregados: trabalhadores solidários

A partir do primeiro mandato do presidente Lula, com a criação da Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), a economia solidária se tornou uma importante alternativa de modelo de desenvolvimento de pequenos empreendimentos coletivos, resultando no aumento da renda de milhões de brasileiros e no crescimento do PIB de  centenas de municípios brasileiros.

Essa outra economia é um modo de produção alternativo ao capitalismo, e se caracteriza pela maneira de organizar a atividade econômica, a partir da autogestão coletiva,da solidariedade, da cooperação e da ajuda mútua.

“Na Economia Solidária capital e trabalho andam de braços dados. Não há patrões nem empregados, são trabalhadores solidários, que reunidos em cooperativas ou associações produzem coletivamente e dividem igualmente o resultado desse trabalho.Ela é a alternativa mais significativa ao capitalismo”, explica o Secretário Nacional de Economia Solidária, Paul Singer.

A criação da Senaes contribuiu para o fortalecimento de mobilização e articulação do movimento da economia solidária existente no País e hoje ela já é uma realidade e tem exercido um papel fundamental para a inclusão social de milhões de trabalhadores.

De fato, a economia solidária brasileira cresceu 124% nos últimos oito anos. Em 2005, eram 14.954 Empreendimentos Econômicos Solidários (EES). Em 2013, 33.518.

Segundo a Senaes, os EES estão presentes em vários setores da economia brasileira, com destaque para a agricultura familiar, gerando renda para 2,3 milhões de pessoas e movimentando anualmente cerca de R$ 12 bilhões.

O último levantamento realizado revelou que 55% dos EES estão localizados na zona rural e dedicam-se à agricultura, pecuária, pesca oi extrativismo; 33% na área urbana e 17%  na área rural e urbana.

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