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  • Foto do escritorBrasil Debate

Movimento de migração na América Latina e Caribe

O Brasil Debate já tratou das rotas internacionais de migração e do papel do Brasil e mostrou que, se nos anos 1980 e 1990 muitos brasileiros emigraram para Estados Unidos, Europa e Japão devido à crise econômica, dados de 2011 e 2012 mostram uma ligeira redução no tamanho da comunidade brasileira no exterior.

Essa mudança pode ser atribuída tanto aos efeitos da crise econômica nesses países como ao crescimento econômico no Brasil, contribuindo para a volta de muitos brasileiros. Dados do IBGE apontam que entre 2005 e 2010, 65,5% dos migrantes que chegavam ao País eram brasileiros, retornando ao Brasil.

Também se sabe que as maiores comunidades brasileiras no exterior, segundo dados do Ministério de Relações Exteriores de 2013, estão nos EUA, seguidos do Paraguai, Japão e Espanha. Mas, nos últimos anos, o Brasil entrou na rota das migrações internacionais como país de destino e tem recebido imigrantes ou refugiados originários da América Latina e Caribe, África, Oriente Médio e Ásia, além de imigrantes qualificados vindos da Europa.

No entanto, a porcentagem de imigrantes que compõem a população brasileira ainda é muito pequena: estudo realizado pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), que compara diversos outros países da América Latina, a partir dos Censos Nacionais, mostra a participação de estrangeiros na população, em volume e percentual. Percebe-se que, entre os países selecionados, o Brasil tem a menor porcentagem de migrantes em sua população.


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Segundo esse estudo, aproximadamente 28,5 milhões de latino-americanos e caribenhos – ou 4% da população da região – residem em país diferente ao de seu nascimento. Quanto a seus países de origem, 11,8 milhões de migrantes são mexicanos (40% do total), seguidos por 2 milhões de colombianos e 1,3 milhão de salvadorenhos.

Também 20,8 milhões (70% dos migrantes da região) estão nos Estados Unidos. O segundo país com maior quantidade de migrantes latino-americanos e caribenhos é a Espanha (2,4 milhões de imigrantes).

Por outro lado, o número de pessoas naturais dos Estados Unidos que imigraram para países da América Latina e do Caribe dobrou na última década, o que coincide com a crise econômica. No México, por exemplo, o censo de 2010 registrou a entrada de 740 mil cidadãos dos EUA, um aumento de 106%.

Segundo a CEPAL, é preciso defender os direitos humanos dos migrantes e se opor a medidas unilaterais e restritivas de alguns países em relação a outros.

Por sua parte, o Brasil tem buscado se adaptar ao novo cenário e criar novas leis que rijam o status de imigrantes no País: em agosto de 2014, o poder executivo brasileiro recebeu uma proposta de um projeto de lei (veja AQUI e AQUI ) que flexibiliza a emissão de vistos para trabalho, tratamento de saúde, reunião familiar e missões religiosas.

A proposta substituiria o atual Estatuto do Estrangeiro, implantado durante a ditadura militar, e que vê o imigrante como um problema a ser evitado.

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