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Foto do escritorBrasil Debate

Marina desconhece o BNDES

Recentemente Marina Silva tem dado um show de desconhecimento a respeito da realidade e do papel do BNDES para o desenvolvimento brasileiro.

A primeira evidência desse desconhecimento é que, no dia 20 de setembro, a candidata tuitou que o BNDES deu R$500 bilhões para meia dúzia de empresários, enquanto o orçamento do bolsa família equivale a R$24 bilhões de reais.


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Surpreendentemente, esses 137 caracteres comportaram vários equívocos. O principal deles, lembrado por vários usuários do Twitter, é que a atividade de financiamento é diferente de doação ou transferência de recursos: o dinheiro emprestado pelo BNDES volta para o banco, acrescido de juros. E nesse meio tempo, constitui estímulo importante para a atividade econômica e para o desenvolvimento do país.

Outro equívoco é dizer que o BNDES financiou meia dúzia de empresários. Em 2013, foram 1.144.262 operações de financiamento do BNDES, sendo 1.101.248 para micro, pequenas e médias empresas.

Não fosse suficiente, a candidata repetiu o que tuitou em entrevista ao Bom dia Brasil (25/09) e, indagada sobre a sua intenção de enfraquecer os bancos públicos, disse que “o que enfraquece os bancos é pegar o dinheiro do BNDES e dar para meia dúzia de empresários falidos, uma parte deles, alguns deles que deram, enfim, um sumiço em bilhões de reais do nosso dinheiro”.


grafico taxa de inadimplencia BNDES

Para que bilhões de reais sumam do balanço dos bancos, como alegado pela candidata, a inadimplência do BNDES não só teria que ser alta, mas também deveria ter aumentado.

A ironia é que, no ano de 2013, o BNDES teve a menor taxa de inadimplência de sua história, de apenas 0,01%, como mostra o gráfico. Isso significa que o dinheiro emprestado tem sido pago em dia pelos empresários.

Para efeitos de comparação, a taxa média de inadimplência dos bancos brasileiros a pessoas jurídicas foi de 2% em julho de 2014, segundo dados do Banco Central.

Por fim, é natural a existência de divergências políticas a respeito do papel do banco de desenvolvimento. O que não é saudável é a utilização de fantasias e devaneios como estas, que empobrecem e despolitizam o debate econômico brasileiro.

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