Estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a partir de dados da PNAD 2013, traz dados sobre mercado de trabalho e informalidade no Brasil. Grande parte dos trabalhadores brasileiros ainda está empregada no setor informal, sem carteira de trabalho assinada e garantia de direitos trabalhistas.
Percebe-se, pelo gráfico abaixo, um salto importante na geração de empregos com carteira assinada, que muda a conformação relativa da posição na ocupação no Brasil de 2004 a 2013, com uma diminuição relativa da proporção de vínculos associados à informalidade e precariedade, tais como “conta própria”, “trabalho não-remunerado” e “trabalhador doméstico sem carteira”, o que é algo positivo.
Apesar do crescimento nos rendimentos de 2004 a 2013, e de maneira proporcionalmente maior para os trabalhadores informais (com peso importante da política de aumento do salário mínimo, como discutido AQUI), a diferença entre rendimentos nos trabalhos formais e informais continua muito grande: em 2004, o rendimento médio de um trabalhador informal correspondia a 47% do trabalhador formal, enquanto em 2013 esse percentual se torna menos desigual, atingindo 56% do valor do rendimento médio de um trabalhador formal.
E, como se verifica pelo gráfico abaixo, são as pessoas com 60 anos ou mais as mais propensas a se inserirem no mercado de trabalho informal, mostrando as maiores taxas relativas de participação no mesmo.
Portanto, apesar do crescimento dos rendimentos e da diminuição da informalidade, como já discutimos AQUI e AQUI, é preciso continuar gerando empregos formais e diminuindo as desigualdades entre o setor formal e informal, já que a informalidade ainda ocupa grande contingente de trabalhadores brasileiros, tendo esses menores rendimentos e maior precarização das condições de trabalho.
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