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Homicídios no Brasil têm raça e gênero

Estudo do Laboratório de Análises Econômicas, Históricas, Sociais e Estatísticas das Relações Raciais (Laeser) apresenta investigação sobre a evolução dos óbitos por homicídio no Brasil.

Segundo o estudo, entre 2002 e 2012, o número anual de homicídios de negros aumentou em mais de 11 mil ocorrências, ao passo que entre a população branca se reduziu em cerca de 4,5 mil casos. Assim, o peso relativo dos homicídios de negros aumentou, como mostra o gráfico abaixo:


grafico vitimas de homicidio

Entre 2002 e 2012, a mortalidade por homicídio de jovens negros cresceu 14,6% e a de jovens brancos caiu 31,9%, considerando jovens de 15 a 24 anos.

Em 2012, em todo o País, a taxa de mortalidade por 100 mil habitantes de jovens negros por homicídios foi igual a 145,8. Comparando essa taxa de mortalidade com:

i)   o mesmo indicador da população masculina negra como um todo, verifica-se assimetria de 131,3%;

ii)  com a da população masculina como um todo (53,8), encontra-se diferença de 169,2%;

iii) com a dos jovens brancos (56,4), encontra-se desigualdade de 158,7%;

iv)  com a das mulheres brancas como um todo (3,2 por 100 mil habitantes), há uma astronômica diferença de 4.457,4%.

Este conjunto de indicadores sobre os homicídios em todo o País revela que homens negros, especialmente os jovens, são as maiores vítimas desse cenário.

As disparidades dos índices de homicídios entre as populações negra e branca, em especial na juventude negra, é um dado a ser considerado, pois vem aumentando expressivamente ao longo dos últimos 10 anos, apesar de diversas melhorias sociais, especialmente na educação, mercado de trabalho e desigualdades sociais.

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