O programa de governo de Marina Silva e Beto Albuquerque (PSB) foi totalmente alterado em um de seus capítulos, com menos de 24 horas de seu lançamento.
O referido capítulo tratava dos direitos da população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, segundo o documento), mas sofreu duras críticas por parte de setores conservadores da sociedade brasileira. Diante disso, a candidata voltou atrás e modificou o teor do documento.
Se bem o episódio denota a diversidade das forças políticas atuantes no País, também demonstra falta de solidez no comprometimento com certas camadas da sociedade e com o avanço dos direitos sociais.
Assim, se há promessas e retrocessos dessas mesmas promessas em menos de 24 horas, o que se pode esperar no campo dos outros direitos sociais duramente conquistados ao longo dos anos no Brasil?
O que esperar de quando houver pressão para a flexibilização do mercado de trabalho, para a perda de direitos trabalhistas, para redução de ganhos dos trabalhadores no mercado de trabalho ou diminuição da valorização do salário mínimo?
É importante lembrar que a conquista de tais direitos ocorreu apesar da oposição de poderosos setores da sociedade brasileira, embora beneficiem a grande maioria da população.
Tais poderosos setores não se encontram inertes, mas continuam pressionando para a perda de direitos sociais. É preciso o comprometimento total com a garantia dos direitos sociais. Ou serão os direitos dos trabalhadores também tratados como objeto de barganha política?
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