Dados do Mapa da Violência 2015 para adolescentes de 16 e 17 anos mostram que a esperança de vida da população brasileira cresceu significativamente nas últimas décadas e que, entre as crianças e adolescentes na faixa de 0 a 19 anos, a mortalidade caiu rapidamente.
Porém, enquanto as mortes por causas naturais caíram 76,4%, como mostra o gráfico, as mortes por causas externas cresceram de forma significativa: 33,9%.
Desagregando as causas externas, são os homicídios que explicam o crescimento das taxas de mortalidade por causas externas, como mostra o gráfico a seguir: se as taxas de óbito (por 100 mil) por acidentes de transporte e suicídio cresceram 38,3% e 45,5% respectivamente, a taxa por homicídio cresceu 496,4%.
Mais especificamente, o relatório mostra que é a mortalidade da faixa dos 16 e 17 anos que pressiona para cima os índices das causas externas de toda a população de 0 a 19 anos.
Quanto às estatísticas internacionais, na faixa de 15 a 19 anos, o Brasil apresenta taxa de mortalidade (por 100 mil) de 54,9%, ocupando a 3ª posição no ranking de 85 países, atrás somente de México e El Salvador.
A ordem se repete na faixa de 0 a 19 anos, como mostra tabela a seguir. Frisa-se ainda que, em 2013, a participação masculina no total de vítimas de homicídio no país, entre adolescentes de 16 e 17 anos, foi de 93%.
O relatório enfatiza que a violência contra os jovens é um grave problema no Brasil, inclusive na comparação mundial. Considera-se preocupante não só a magnitude dos números, mas a tendência sempre crescente desde 1980 e com poucas interrupções dos números e das taxas de homicídios para crianças e adolescentes.
Crédito da foto da página inicial: Agência Brasil (“Chacina da Candelária é lembrada como marco da violência contra jovens pobres”)
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