Entre 2002 e 2013, o índice de Gini médio da América Latina, que mede a desigualdade de renda, caiu aproximadamente 10%, indo de 0,542 para 0,486. A conclusão é de estudo da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) – Panorama Social de América Latina.
O gráfico abaixo mostra que a redução do índice de Gini no Brasil foi mais alta no período de 2008 a 2013 que de 2002 a 2008.
Quanto à distribuição da renda em distintos grupos da população, entre 2008 e 2013 a participação dos 20% domicílios mais pobres aumentou na região, passando de 5,2% para 5,6%; durante o mesmo período na região, o quintil mais rico respondeu por menor porcentagem da renda, caindo de 48,4% da renda total para 46,7%, que mostra uma redução da desigualdade na região.
Os gráficos abaixo mostram os valores por países para os anos indicados.
No Brasil, os 20% mais pobres tinham uma participação de 4,1% da renda total em 2008, que subiu para 4,6% em 2013. Já os 20% mais ricos caem de 58% da renda para 53,6% no mesmo período, passando a relação entre a renda dos 20% mais ricos e os 20% mais pobres de 26,2 vezes para 21,3.
Apesar da queda muito significativa, entre os países latino-americanos analisados, o Brasil é o país com mais alta concentração de renda por parte do quintil mais rico, como mostra o gráfico acima. A desigualdade continua sendo um grave problema da região: apesar das melhorias recentes, os 20% mais ricos continuam com uma fração da renda total da região correspondente a 8,3 vezes o que corresponde aos 20% mais pobres.
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