A Agência Patrícia Galvão lançou um dossiê digital e interativo sobre o feminicídio no Brasil. Feminicídio é definido como o assassinato de mulheres em contextos marcados pela desigualdade de gênero.
Todos os dias, mulheres, jovens e meninas são submetidas a alguma forma de violência no Brasil: assédio, exploração sexual, estupro, tortura, violência psicológica, agressões por parceiros ou familiares, perseguição, feminicídio. A violência de gênero é recorrente e se perpetua nos espaços públicos e privados, encontrando nos assassinatos a sua expressão mais grave. O quadro abaixo, retirado do dossiê, mostra a frequência de alguns tipos de violência sofrida pelas mulheres no Brasil.
O Brasil é o 5º país com maior taxa de assassinatos femininos no mundo. De acordo com o dossiê, o Brasil atingiu em 2013 uma taxa média de 4,8 homicídios a cada 100 mil mulheres, sendo a taxa média de 83 nações 2 assassinatos a cada 100 mil. Dessa forma, o Brasil passou da 7ª posição em 2010 para o 5º lugar em 2013. No ranking, El Salvador, Colômbia, Guatemala e Federação Russa estão na frente do Brasil.
O dossiê debate perguntas essenciais que precisam ser respondidas com urgência: o que é feminicídio? Como e por que morrem as mulheres? Por que mulheres negras morrem mais? Qual é a real dimensão do problema no Brasil? Como evitar ‘mortes anunciadas’? Além da violência doméstica e familiar, quais outras violências estão por trás desses assassinatos? Qual é a relação entre a violência contra as mulheres e outros contextos de insegurança pública? O Estado, por ação direta ou omissão, colabora para a ocorrência desses crimes? Como enfrentar esse problema nas diferentes realidades em que vivem as mulheres em um país extenso e diverso como o Brasil?
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