Esta, sim, pode ser a verdadeira “jabuticaba”, e não o 13º salário, como disse antes da eleição o vice-presidente eleito Hamilton Mourão. Ou quase isso. A fusão das pastas do Meio Ambiente e Agricultura num único Ministério, anunciada pelo deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), o futuro chefe da Casa Civil do governo de Jair Bolsonaro (PSL), só existe em cinco países no mundo (do total de 193, segundo a Organização das Nações Unidas – ONU).
São eles Andorra, Cabo Verde, Dominica (situada na região das Pequenas Antilhas, não confundir com República Dominicana), Liechtenstein e Tunísia, de longe o maior dessa lista, com população de cerca de 11,5 milhões de pessoas e território de 163.610 km².
A diferença entre esses países e o Brasil é, literalmente, continental. Mas não é só isso. O que torna essa decisão extremamente controversa é a enormidade do desafio ambiental que temos aqui no Brasil, cuja imensa riqueza de flora e fauna faz dele o país mais biodiverso de todos (com 20% do número total de espécies da Terra). São diferentes biomas, uma costa litorânea imensa e muitas espécies endêmicas.
Como se não bastasse, o território brasileiro contém cerca de 12% de toda a água doce do planeta. Um enorme potencial hídrico capaz de prover um volume de água por pessoa 19 vezes superior ao mínimo estabelecido pela ONU, de 1.700 m³/s por habitante por ano, segundo dados do MMA.
Confira o mapa dos países que adotam a fusão entre essas duas pastas, Brasil incluído:
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