Publicação da Organização Internacional do Trabalho (OIT) discute que, em um contexto de crise mundial com especial dificuldade na criação de postos de trabalho, os números do desemprego mundial atingiram os 201 milhões em 2014. O número é superior em mais de 30 milhões ao que existia antes do início da crise global em 2008.
Além disso, a própria relação de trabalho enfrenta uma transformação profunda, segundo a publicação: está a tornar-se cada vez menos segura e o modelo de emprego clássico – no qual os trabalhadores auferem salários e remunerações no quadro de uma relação de dependência vis-à-vis com os seus empregadores, têm empregos estáveis e trabalham a tempo completo – perde terreno.
O gráfico acima mostra como são justamente os trabalhadores com rendimentos baixos os mais afetados pela instabilidade no mercado de trabalho: 81,2% são trabalhadores por conta própria ou trabalhadores familiares não remunerados. Provavelmente, serão esses os trabalhadores mais afetados com a reconfiguração das relações de trabalho em nível mundial.
Em suma, o modelo de emprego clássico é cada vez menos representativo do mundo do trabalho atual. Segundo o relatório, menos de um em cada quatro trabalhadores está empregado em condições que correspondem a esse modelo.
Nesse sentido, o Brasil parece estar caminhando no sentido da “vanguarda”, ao transformar suas relações clássicas de trabalho, especialmente com a expansão da terceirização. Transformação essa que, segundo especialistas, aumentará a precarização no mercado de trabalho.
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